Rússia é “ameaça real”, alerta chefe do Exército britânico e apela à “urgência” da Europa

“A ameaça é real” para a NATO, alertou esta quinta-feira o chefe do Exército Britânico, sublinhando os “sérios desafios” à aliança militar, conforme aumentam as preocupações de que a Rússia possa lançar um ataque à NATO nos próximos anos.

“Realmente temos alguns desafios sérios para enfrentar coletivamente”, realçou o general Sir Roly Walker, chefe do Exército Britânico, durante um discurso no centro de estudos Royal United Services Institute (RUSI), sediado no Reino Unido. “O maior desafio que enfrentamos, entre muitos, é simplesmente a falta de tempo”, apontou, acrescentando que é necessário um “senso de urgência” para “responder às ameaças que enfrentamos”.

A estrutura da NATO está cada vez mais alerta sobre o quanto a Rússia é uma ameaça à aliança atlântica nos próximos anos, sobretudo depois de ser assinado um possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia, que libertaria centenas de milhares de soldados russos.

As avaliações variam no seio da NATO, mas uma avaliação do Serviço de Inteligência de Defesa da Dinamarca, publicado em fevereiro último, apontou que Moscovo seria capaz de travar uma “guerra em larga escala” contra a NATO nos próximos cinco anos se os EUA se recusassem a se envolver.

Oleh Ivashchenko, chefe do serviço de inteligência estrangeira da Ucrânia, alertou, no início desta semana, que a Rússia seria capaz de realizar algum tipo de ataque à Europa de dois a quatro anos após o fim da guerra na Ucrânia, mas poderia estar pronta para fazê-lo muito mais rápido se as sanções fossem suspensas.

Mais de três anos de guerra na Ucrânia causaram estragos nas forças terrestres de Moscovo, mas outras áreas das suas Forças Armadas, como sua força aérea e grande parte da marinha, saíram praticamente ilesas.








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