Porque é que a China está a encher os cofres de ouro? Pequim prepara-se para as tarifas de Trump

A China aumentou as suas reservas de ouro pelo sexto mês consecutivo em abril, numa estratégia que visa diversificar os seus ativos e proteger-se contra os efeitos da guerra comercial em curso e da instabilidade nos mercados financeiros globais.

Segundo dados divulgados esta quarta-feira, o Banco Popular da China (PBOC) adquiriu cerca de 70 mil onças troy de ouro no último mês. Desde novembro, o total acumulado já ultrapassa 1 milhão de onças — aproximadamente 30 toneladas.

O movimento acontece num contexto de forte valorização do ouro, que já subiu quase 30% em 2025 e ultrapassou os 3.500 dólares por onça em abril, impulsionado por compras coordenadas de bancos centrais e pela procura crescente por ativos considerados seguros, explica a ‘Bloomberg’.

Na China, a procura interna também tem crescido: os volumes negociados na Bolsa de Futuros de Xangai atingiram máximos históricos recentemente, levando o banco central chinês a autorizar novas cotas para importação de ouro em barras por parte dos bancos comerciais.

Além da aposta no ouro, as autoridades chinesas anunciaram esta semana novas medidas de estímulo à economia, incluindo a redução da taxa básica de juros e dos requisitos de reservas dos bancos, preparando o terreno para conversações comerciais com representantes dos EUA previstas para os próximos dias.








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