Junho traz nova descida no crédito à habitação: prestação da casa cai até 137 euros

Junho vai trazer-lhe um alívio à carteira quando fizer a transferência da prestação ao banco do seu crédito habitação, revelou em exclusivo à ‘Executive Digest’, Nuno Rico, especialista da DECO-PROteste. “Vamos ter uma descida em todos os prazos da Euribor, contudo a um ritmo um bocadinho mais baixo do que o do ano passado, o que já era expectável”, salientou..

Vamos a números:

Tomemos como exemplo um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread (margem comercial do banco) de 1%:

– Euribor a 12 meses: regista uma taxa média de 2,083% (dados até 26 de maio), o que traduz uma prestação mensal de 639 euros – uma poupança de 137 euros em comparação com o valor pago há um ano (776 euros). “A média de Euribor a 12 meses está agora acima da de 6 meses, ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos meses”, destacou Nuno Rico. “É das poupanças mais altas dos últimos tempos, e uma poupança muito significativa para as famílias.”

– Euribor a 6 meses: apresenta uma média de 2,068%. Isto traduz-se numa prestação de 637 euros, representando uma poupança de 60 euros face à revisão anterior, em dezembro último.

– Euribor a 3 meses: com uma média de 2,115%, a prestação fica agora nos 641 euros, menos 34 euros em relação à última revisão trimestral.

As taxas Euribor têm registado uma tendência de descida recente, que tem valido poupanças de milhares de euros a quem tem um crédito habitação. Mas poderá manter-se? De acordo com Nuno Rico, tudo aponta que até agosto/setembro vá manter-se este ritmo de alívio, ao qual se seguirá alguma estabilização das taxas.

“Do que estamos a viver atualmente, só temos uma certeza: há incerteza. Estamos num contexto global muito complexo, as tarifas comerciais impactam muito o que vão ser as decisões do BCE [Banco Central Europeu]. A perspetiva é que continuemos com este movimento de descida, pelo menos até ao verão, mas uma tendência para já, de acordo com os dados, com abrandamento do ritmo. Até ao final do ano, alguma estabilização”, referiu o especialista.

“O conflito na Ucrânia está no ponto de impasse e começa a haver perspetiva que o conflito não se resolva nos próximos tempos, o que terá impacto na economia”, indicou Nuno Rico. “O BCE deu indicação na última reunião que está disposto a apoiar as economias europeias, em detrimento da inflação, para evitar uma recessão europeia, o que necessariamente vai trazer números mais baixos”, concluiu o especialista.








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