
Globalização: Grupo Bernardo da Costa – Aproveitar a economia de escala
Qual a importância da Globalização para a competitividade?
A globalização não é meramente um conceito económico; representa uma transformação que afecta todos os aspectos de uma empresa, desde a gestão logística até a expansão do mercado consumidor.
Ao expandir globalmente, uma empresa pode aproveitar a economia de escala, o que lhe permite a redução de custos e o aumento da eficiência. Contudo, acredito que o impacto vai muito além dos números. Estar presente em diferentes mercados significa ter a capacidade de absorver inovações e tendências de diversas partes do mundo. A cultura que observamos no exterior diz muito sobre a nossa visão local de gerir negócios e liderar pessoas, aplicando essas aprendizagens para nos mantermos à frente da concorrência. A forma como conhecemos o mundo, afecta muito a forma como gerimos as nossas empresas.
Quanto à “globalização interna”, destaco a diversidade cultural dentro da própria empresa que pode, na minha opinião, fomentar uma maior criatividade e inovação. Estes são elementos cruciais para a competitividade num ambiente empresarial cada vez mais intenso.
Quais os desafios para continuarem a ser um dos motores da economia?
Enfrentar os desafios este ano exige das empresas uma abordagem prática e, sobretudo, adaptável à realidade que vivemos. Para se manterem relevantes e competitivas, as empresas devem integrar novas tecnologias de forma a promover a eficiência, a inovação e a sustentabilidade. Isso implica investir em soluções como automatização e inteligência artificial, que possam melhorar a operacionalidade e oferecer inputs mais valiosos sobre as necessidades dos clientes. No entanto, mais importante do que possuir essas tecnologias, é ter pessoas que saibam aplicá-las. A agilidade para se adaptar rapidamente a desafios e oportunidades emergentes torna-se um requisito indispensável das equipas que escolhemos.
As mudanças socioeconómicas globais, como a luta contra as mudanças climáticas e a necessidade de práticas empresariais sustentáveis, exigem das empresas uma postura proactiva. Adaptar e desenvolver produtos e serviços que não só atendam às expectativas dos consumidores, mas que também produzam um impacto positivo na sociedade e no ambiente, são passos cruciais e a única forma de ter sucesso num mercado cada vez mais atento, consciente e activo.
Abordando também a cultura empresarial, que assume um papel central na realidade que se vive, promover o bem-estar das nossas pessoas torna-se fundamental e sempre foi a premissa desde os tempos do meu avô. Acredito que a única forma de uma empresa ter voz, é ouvir a voz de quem trabalha. Uma cultura que valorize a criatividade, a colaboração, a abertura ao diálogo, o fomento à criatividade e a aprendizagem contínua é essencial para conseguir adaptar-se às rápidas transformações do mercado.
Por fim, o compromisso com a sustentabilidade e a ética transcende a construção de uma imagem de marca positiva, reflectindo-se na capacidade de atender às expectativas crescentes dos clientes e de contribuir para enfrentar os desafios globais.
Em síntese, os desafios para 2024 requerem que as empresas sejam ágeis, inovadoras, socialmente responsáveis e cultivem uma cultura empresarial forte e, acima de tudo, verdadeira.
Como é que as PME podem vencer num mundo cada vez mais global?
Para pequenas e médias empresas (PME) que desejam globalizar-se, o caminho pode parecer desafiador, mas é definitivamente alcançável com a estratégia certa.
Primeiramente, é fundamental entender que cada mercado tem as suas peculiaridades. Isso significa fazer os “trabalhos de casa“: pesquisa de mercado, compreensão das barreiras culturais, legais e económicas, e até mesmo das preferências locais dos consumidores. Além disso, a tecnologia pode ser uma grande aliada, permitindo que PME operem de forma eficiente em escala global sem necessariamente ter uma presença física em todos os mercados. No fundo, acredito que o digital seja o futuro.
Por fim, parcerias estratégicas locais também são vitais, pois podem oferecer insights valiosos e facilitar a entrada nos novos territórios.