Dono do Facebook quer ajudar quem está sozinho — mas a solução está a chocar o mundo

Mark Zuckerberg, CEO da Meta e cofundador do Facebook, causou polémica ao partilhar a sua visão para um futuro dominado por companheiros virtuais alimentados por inteligência artificial (IA).

Numa entrevista ao podcaster de tecnologia Dwarkesh Patel, Zuckerberg defendeu que os chatbots podem vir a desempenhar o papel de amigos, terapeutas e até parceiros românticos.

“Acho que as pessoas vão querer um sistema que as conheça bem e que as entenda da mesma forma que os seus algoritmos de feed”, afirmou o empresário de 40 anos. “Para quem não tem um terapeuta, acho que todos terão uma IA”, acrescentou.

Zuckerberg citou um estudo de 2021 que revela que o americano médio tem menos de três amigos, sugerindo que os chatbots podem preencher essa lacuna emocional de forma mais eficaz do que relações humanas.

As declarações geraram críticas imediatas nas redes sociais e entre figuras da própria indústria tecnológica. Meghana Dhar, ex-executiva do Instagram, alertou para o paradoxo da proposta. “As mesmas plataformas que nos levaram ao isolamento social e à cronicidade online agora estão a apresentar uma solução para a epidemia de solidão. Parece quase o incendiário a voltar como bombeiro”, ironizou, revela o ‘Unilad Tech’.

Zuckerberg acredita que o futuro das interações sociais passa por uma integração mais profunda com sistemas de IA, mesmo perante evidências científicas que associam o uso excessivo da tecnologia ao aumento da solidão. Um estudo da Associação Americana de Psiquiatria mostra que um em cada três americanos sente-se só semanalmente, e outros estudos indicam que interações frequentes com IA no ambiente de trabalho estão correlacionadas com sentimentos de isolamento.






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