
Cinco anos de Covid-19: recorde algumas das principais imagens e as datas mais marcantes da pandemia
Uma “pneumonia misteriosa” em Wuhan, na China. Declaração de emergência de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quarentena. Máscaras. Testes. Hospitais de campanha. Campanhas de vacinação. Teletrabalho. Veja algumas das fotografias de algumas das principais imagens que se guardam da pandemia:
Este foi o dia a dia durante a Covid-19, até que, em maio de 2023, a OMS declarou o fim da emergência global de saúde. A OMS alertou que a doença continuaria a causar problemas e lembrou que, até aquele momento, haviam sido registadas 7 milhões de mortes — embora estimou-se que esse número poderia superar a casa de 20 milhões.
A Covid-19 matou em dois anos quase 21 mil pessoas em Portugal, infetou mais de três milhões, e levou a 35 milhões de testes, e administrar-se 22 milhões de vacinas em quase nove milhões de portugueses.
Portugal teve vários dias sem registar mortes devido à doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 mas também chegou a ter 300 óbitos num só dia.
Quais foram os principais momento?
2 mar 2020 – A ministra da Saúde, Marta Temido, anuncia os dois primeiros casos de pessoas infetadas. Os funcionários públicos são colocados em teletrabalho ou isolamento profilático sem perda de salário.
9 março – Adiamentos e cancelamentos de iniciativas diversas, encerrados ou condicionados os acessos a serviços públicos e condicionadas visitas a hospitais. Escolas e universidades param as aulas presenciais.
11 março – Organização Mundial de Saúde (OMS) declara a Covid-19 como pandemia.
12 março – Governo decide que as escolas de todos os graus de ensino suspendem as atividades presenciais. É anunciado o encerramento de discotecas, redução da lotação na restauração e limitação de pessoas em centros comerciais.
16 março – Primeira morte no país, um homem de 80 anos que tinha várias patologias associadas.
18 março – O Presidente da República decreta o estado de emergência, que contempla o confinamento obrigatório e restrições à circulação na via pública.
2 abril – Divulgadas novas medidas como a proibição de deslocações para fora do concelho de residência no período da Páscoa e o encerramento de todos os aeroportos no mesmo período a voos de passageiros.
30 abril – Governo aprova um plano de transição do estado de emergência para uma situação de calamidade e anuncia que a partir de 4 de maio abrem alguns serviços, mas mantém o teletrabalho.
15 maio – Divulgadas regras de distanciamento para as praias a partir de 6 de junho e uso de máscaras nas escolas e transportes públicos é obrigatório a partir dos 10 anos.
29 maio – O Governo aprova a terceira fase do plano de desconfinamento, com restrições e regras especiais para a área de Lisboa, devido ao aumento de casos.
1 julho – Portugal passa a situação de alerta, exceto a Área Metropolitana de Lisboa.
3 agosto – Portugal tem o primeiro dia sem vítimas mortais pela Covid-19 desde 16 de março.
27 agosto – Governo anuncia que todo o território continental passa a situação de contingência a partir de 15 de setembro devido ao regresso às aulas e ao trabalho presencial.
9 setembro – Portugal regista o maior número de contágios diários desde 20 de abril, com 646 novos casos. As autoridades de saúde justificam números com aumento da mobilidade.
14 outubro – Portugal passa a situação de calamidade, justificada com a gravidade da evolução da pandemia. São proibidos ajuntamentos de mais de cinco pessoas na via pública e eventos familiares (como casamentos) não podem ter mais de 50 pessoas. Ficam também proibidos os festejos académicos.
22 outubro – Novo máximo de casos, 3.270. Os internamentos também atingem os valores máximos desde março, num total de 1.365.
O Governo proíbe a circulação entre concelhos no continente no fim de semana do Dia de Finados. E decreta que os concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, devido ao aumento de casos, tenham em vigor o dever de permanência no domicílio.
28 outubro – Obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos.
31 outubro – O Governo anuncia o confinamento parcial em concelhos com mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. São abrangidos 121 municípios.
5 novembro – O Presidente da República propõe a declaração do estado de emergência, que permite restrições à liberdade de deslocação e recurso ao setor privado da saúde.
8 novembro – O Governo aprova testes rápidos em estabelecimentos de saúde, lares, escolas, prisões e nas chegadas a Portugal por via aérea ou marítima.
9 novembro – Decretado a partir deste dia o recolher obrigatório entre as 23 e as 5 horas nos 121 municípios mais afetados. No fim de semana o recolher obrigatório nesses concelhos é a partir das 13 horas.
21 novembro – Obrigatório o uso de máscara nos locais de trabalho. O Governo anuncia também que a circulação entre concelhos vai ser proibida nos fins de semana prolongados e impõe restrições no comércio e restauração para o mesmo período.
3 dezembro – É apresentado o plano de vacinação, coordenado por Francisco Ramos.
7 dezembro – Portugal ultrapassa as cinco mil mortes relacionadas com a pandemia de covid-19.
17 dezembro – O primeiro-ministro anuncia que as celebrações do Ano Novo são totalmente cortadas, mas mantêm-se os horários da restauração no Natal.
21 dezembro – A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprova a utilização da vacina da Pfizer-BionNTech contra a covid-19.
27 dezembro – O plano nacional de vacinação contra a Covid-19 arranca no Hospital de São João, no Porto.
12 janeiro – O Presidente da República propõe modificar o estado de emergência em vigor e renová-lo até 30 de janeiro. O diploma salvaguarda a livre circulação no dia das presidenciais e prevê votação nos lares de idosos.
18 janeiro – Portugal é o país do mundo com maior número de novos casos de infeção por milhão de habitantes. O número de concelhos em risco extremo devido ao número de casos da Covid-19 quase triplicou nos primeiros 12 dias de janeiro.
21 janeiro – Governo anuncia o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino por 15 dias, para tentar conter o crescimento da pandemia. Os tribunais, as lojas do cidadão, as creches e os ateliers de tempos livres também voltam a encerrar.
28 janeiro – Governo aprova medidas de limitação de circulação para fora do país e dentro do território e repõe controlo das fronteiras terrestres. Decide que a aulas recomeçam a 8 de fevereiro em regime não presencial e mantém todas as restrições em vigor nos últimos 15 dias.
3 fevereiro – Demite-se o coordenador da ‘task force’ para o plano de vacinação, Francisco Ramos, substituído pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
8 fevereiro – Os números de novas mortes e de infeções começam a baixar. A pressão sobre os hospitais começa também a reduzir, com menos internamentos e menos pessoas em cuidados intensivos.
5 março – Portugal ultrapassa um milhão de vacinas contra a covid-19 administradas, das quais 284 mil segundas doses.
1 abril – António Costa anuncia que os alunos do 2º e 3º ciclos retomam as aulas presenciais e que os restaurantes, pastelarias e cafés com esplanada podem reabrir, com grupos limitados a quatro pessoas.
19 abril – Inicia-se a terceira fase de desconfinamento com a reabertura de mais escolas, lojas, restaurantes e cafés, um levantamento de restrições que não é acompanhado nos 10 concelhos onde a incidência da Covid-19 é maior.
26 abril – Portugal não tem registo de mortes, o segundo dia desde março de 2020.
30 abril – Termina o estado de emergência, que foi declarado 15 vezes pelo Presidente da República. Durou 173 dias consecutivos e teve 11 renovações.
9 junho – O Parlamento Europeu aprova a adoção do certificado digital Covid-19, que permitirá aos cidadãos comunitários já vacinados, recuperados de uma infeção ou testados viajar sem restrições dentro da União Europeia a partir de 1 de julho.
25 junho – Metade da população de Portugal continental já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 e mais de 30% têm a vacinação completa.
22 julho – Cento e dezasseis dos 278 concelhos de Portugal continental (41,7%) estão em risco elevado ou muito elevado de incidência de covid-19, aplicando-se medidas mais restritivas, inclusive dever de recolhimento entre as 23:00 e as 05:00.
29 julho – Governo anuncia alívio de restrições de circulação em concelhos com mais casos e decide que os bares e discotecas vão permanecer encerrados até outubro. No plano de desconfinamento anunciado o teletrabalho deixa de ser obrigatório, os eventos desportivos vão poder ter adeptos a partir de 1 de agosto, os espetáculos culturais vão poder ter uma lotação de 66% dos espaços e os bares podem abrir, mas sujeitos às regras aplicadas aos restaurantes.
14 agosto – Portugal ultrapassa a barreira de um milhão de casos da doença covid-19. Desde o início da pandemia, em março de 2020, contabiliza 1.001.118 casos de infeção.
20 agosto – O Governo anuncia que Portugal passa de estado de calamidade para estado de contingência. São decididas menos restrições na restauração e nos recintos desportivos, e na lotação de lojas e serviços públicos. Acabam os limites de lotação nos transportes públicos.
23 setembro – O primeiro-ministro anuncia que o país passa da situação de contingência para alerta a partir de 1 de outubro e que vai avançar para a última fase de desconfinamento. Vão reabrir espaços de diversão noturna, na restauração e espetáculos acabam os limites de lotação e de horários, e a obrigatoriedade de uso de máscara é apenas para casos pontuais.
19 janeiro – Portugal ultrapassa os dois milhões de pessoas infetadas desde o início da pandemia.
27 janeiro – Portugal regista 65.706 novas infeções, um novo máximo.
2 fevereiro – Portugal ultrapassa as 20 mil mortes associadas à Covid-19 desde o início da pandemia.
17 fevereiro – O Governo aprova o alívio das medidas. Deixa de ser necessário teste negativo para entrar em bares e discotecas, grandes eventos e recintos desportivos, o teletrabalho deixa de ser recomendado, os espaços comerciais deixam de ter limitações no número de pessoas. A obrigação de máscaras mantém-se para espaços interiores.